Nervo Vago e Calma Profunda: o que a ciência nos ensina
Vivemos num tempo em que a ansiedade parece inevitável. Mas o nosso corpo tem mecanismos naturais para restaurar a calma. Um dos mais importantes é o nervo vago, uma rede silenciosa que liga cérebro, coração, pulmões e intestinos.
O que é o nervo vago?
- É o nervo mais longo do sistema nervoso autónomo.
- Atua como mediador do sistema parassimpático, responsável pela calma.
- Regula os batimentos cardíacos, a digestão, a respiração e até o tom da voz.
A ciência da calma
Pesquisas das últimas décadas mostram que a atividade vagal está associada à sensação de segurança e de calma. Quando o nervo vago está ativo, o corpo entra em estado de relaxamento, facilitando a conexão e a clareza mental.
Como estimular o nervo vago
- Respirar lenta e profundamente → ativa diretamente o nervo;
- Meditar formalmente ou praticar atenção plena de forma informal → promove a clareza mental e a tranquilidade;
- Praticar movimentos conscientes e lentos → alongar-se ou caminhar de forma consciente ajuda a sinalizar segurança ao cérebro;
- Escrever ou desenhar → ambas são atividades que não só potenciam a criatividade, como ainda favorecem a serenidade;
- Conectar-se com a natureza → modela o sistema nervoso autónomo a favor do bem-estar.
A ansiedade e o nervo vago
Na ansiedade, o corpo entra em modo de alerta, com o sistema simpático ativo (luta ou fuga). Treinar o nervo vago é como acender o “interruptor da calma”, ajudando a regressar ao equilíbrio.
Exercício prático
Experimente agora o exercício Verde, Azul e Grounding
- Saia para a natureza: bosque, espaços verdes, floresta → o efeito verde contribui para o bem-estar físico e psicológico.
- Procure água: contemplar a água – mar, rio, lagos → é uma experiência reguladora e restauradora; estar dentro de água também tem vantagens – encontre a temperatura que responda à sua necessidade autónoma do momento.
- Estabeleça uma conexão física com a terra, caminhando descalço pela erva ou pela terra ou colocando as suas mãos na terra → absorvendo a natureza e equilibrando o sistema nervoso autónomo.
Tal como uma fotografia precisa de estabilidade para captar a beleza, o corpo também precisa de aprender a estabilizar para que a vida volte a ganhar nitidez. E o corpo pode reaprender a sentir calma profunda. Ao cuidarmos do nervo vago, abrimos caminho para viver com mais serenidade e presença.
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